sábado, 27 de outubro de 2012

Samba Brasília 2012

Para mim, Brasília já é a Capital do Samba. Nesta terra, cultua-se o jeito mais brasileiro de fazer música. O mês de outubro de 2012 foi um marco importante para não deixar dúvidas de que aqui é o ponto onde ninguém fica parado quando ouve um repique, um tantã e um violão. O Samba Brasília foi um evento para não ser esquecido. O foco ficou no popular pagode, nas músicas românticas, teve um toque de samba-rock, encontro de gerações, um pouco de partido alto e até algumas surpresas. Eu fui, hein, e conto para vocês as minhas impressões direto do camarote, logo atrás dos dois palcos.

Perdi o show do Péricles, devido a compromissos profissionais, mas cheguei a tempo de ver o cantor Belo. Antigos sucessos da década de 1990, dos tempos da banda Soweto,foram a tônica do show. Confesso que não era o meu artista preferido mas, até por isso, foi o que mais me surpreendeu. Não foi por causa das músicas, pois já conhecia bem o seu estilo romântico (sucesso entre as pagodeiras), mas a banda. Amigo, que banda é essa do Belo! Uma percussão de encher os olhos e, principalmente, agradar aos ouvidos do amante do samba.
40 mil pessoas agitaram o Estacionamento do Mané Garrincha
Depois, um dos shows que eu mais aguardava não decepcionou. O Bom Gosto, melhor grupo de pagode da atualidade, colocou o estacionamento do Mané Garrincha abaixo. Como eu já conhecia a presença de palco do grupo e esperava um grande show, não me surpreendi. Só aproveitei. Na sequência, subiu ao palco o Sambô para dar aquela descansada nas pernas da galera. Músicas de ritmos variados adaptados ao samba. Eles poderiam fazer tranquilamente uma banda de rock, porque tem todos os atributos: Baterista nota 10, cordas afinadinhas e vocalista dando show à parte. Ponto também para a percussão. Os caras cumpriram bem o que prometeram. Belo show!
Camarote, atrás dos palcos: ao fundo, belo show do Sambô
Depois do Sambô, tive que dar um tempo para o camarote. Afinal, ia começar a histeria feminina com o Thiaguinho subindo ao palco. Já que não era o meu preferido, só ouvi da praça de alimentação. Voltei para assistir quando o Péricles dividiu o palco com o ex-companheiro de Exalta. A voz do Péricles é, sem dúvida, a melhor que o Exaltasamba já teve em sua história. Tomara que tenha muito sucesso na sua carreira solo.

Já fui com o espírito preparado para as pagodeiras teen. Com o open bar, no entanto, tudo ficou bem fácil. Àquela altura da madrugada, começava a apresentação da Turma do Pagode. Os rapazes fizeram bem a sua parte e embalaram a galera com os sucessos top nas rádios. Estava lá o fã-clube com todas as letras na ponta da língua. Destaque para a simpatia e humildade dos músicos que chegaram para conversar com o público do camarote. Para mim, a Turma foi o aquecimento para o melhor show da noite.
Regina Casé anuncia os shows da noite para esquentar a galera
Revelação! Foi a primeira vez que os vi em palco. O grupo que não reduz sua qualidade superior desde o primeiro sucesso. Na verdade, nota-se que eles não querem ser os melhores, mas são. Todos os integrantes deram a volta ao palco, dando a chance à galera do camarote de ver estes ícones do samba bem de perto. Os caras apenas deixaram acontecer naturalmente, mas o show passou na velocidade da luz. O que é bom dura pouco, mas o que é ótimo fica na memória. De quebra, um garotinho subiu ao palco pelas mãos da apresentadora do evento, Regina Casé, pegou um cavaquinho e deu um show à parte para as 40 mil pessoas presentes. Amigo, foi inesquecível!
Xande de Pilares recebendo o Salve! da galera do camarote
Se eu cansei de escrever este texto, imagina depois de 8 horas em pé ouvindo pagode e bebendo cerveja. Difícil, não? Não. Ainda tinha o Jeito Moleque que completou a pagodeira teen da noite e fechou com estilo o Samba Brasília. Ano que vem tem mais e vai ser em dois dias. Não começou a venda de ingressos, mas já estou confirmado. 

Samba! 

Brasília!

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